 "CENTRAL INDUSTRIAL SECURITY FORCE (CISF) / AFP")
Um relatório preliminar sobre o acidente aéreo que matou 260 pessoas na Índia em 12 de junho mostrou que, três segundos após a decolagem, os interruptores de combustível dos motores do avião passaram de funcionamento para corte, interrompendo o fornecimento de combustível. A aeronave, vale lembrar, começou a cair menos de um minuto após decolar.
O Boeing 787 Dreamliner perdeu impulso e altitude após a interrupção, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira, 11, pelos investigadores indianos. Primeira unidade desse modelo a se envolver em um acidente com mortes, ela ainda bateu em prédios antes da queda, o que elevou a quantidade de vítimas. Um homem sobreviveu.
Conforme a investigação, um dos pilotos pôde ser ser ouvido no gravador de voz da cabine de comando perguntando ao outro a respeito do corte de combustível. “O outro piloto respondeu que não havia feito isso”, disse o documento.
Não houve identificação de quais comentários foram feitos pelo capitão do voo e quais foram feitos pelo primeiro oficial, nem qual piloto transmitiu o alerta de “Mayday” pouco antes da colisão.
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O especialista em segurança de aviação dos EUA John Cox disse que um piloto não poderia mover acidentalmente os interruptores de combustível que alimentam os motores. “Não é possível bater neles e eles se moverem“, disse.
O acionamento do botão de corte corta os motores quase imediatamente. É mais frequentemente usado para desligar os motores quando o avião chega ao portão do aeroporto e em determinadas situações de emergência, como um incêndio no motor. O relatório não indica que houve qualquer emergência que exigisse o desligamento do motor.
“Nesta fase da investigação, não há nenhuma recomendação de ação para os operadores e fabricantes de motores Boeing 787-8 e/ou GE GEnx-1B”, disse o Bureau de Investigação de Acidentes de Aeronaves da Índia. A Air India, a Boeing e a GE Aviation não responderam aos questionamentos da reportagem.