Relatório da PF cita nome de Bolsonaro 474 vezes; Braga Netto tem 98 menções

Relatório da PF cita nome de Bolsonaro 474 vezes; Braga Netto tem 98 menções

O relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado, divulgado nesta terça-feira, 26, menciona o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao menos 474 vezes. Já o ex-ministro Braga Netto (PL) é citado 98 vezes.

As duas figuras são peças-chave no inquérito que investiga uma complexa articulação de golpe de Estado, que visava intervir no resultado das eleições de 2022 – quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito democraticamente.

A investigação define que Jair Bolsonaro teve participação ativa na trama golpista e que sabia das atuações clandestinas do grupo criminoso. O nome “Jair Bolsonaro” e “Jair Messias Bolsonaro” somam 474 menções ao longo do texto do documento, que possui 884 páginas.

“Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”, diz o inquérito.

Já Walter Braga Netto, que chegou a ser candidato a vice-presidente quando Bolsonaro tentou reeleição, é apontado como integrante de dois dos seis núcleos de atuação criminosa e golpista identificados pela PF. O nome do político é incluído ao menos 98 vezes no corpo de texto do relatório.

Braga Netto é general da reserva do Exército e, entre as violações supostamente cometidas por ele, estão a incitação de militares para a adesão de um golpe de Estado e utilização da alta patente para influenciar e auxiliar os demais núcleos criminosos.