Os assassinatos e ameaças a defensores dos direitos humanos são “alarmantemente elevados” em Honduras, denunciou, nesta sexta-feira (27), a relatora da ONU sobre liberdade de expressão, Irene Khan, ao encerrar uma visita ao país centro-americano.

“A violência, as ameaças, os ataques digitais, a intimidação, criminalização e a perseguição a defensores dos direitos humanos, jornalistas e comunicadores sociais continuam sendo alarmantemente elevados”, expressou, em entrevista coletiva.

Irene Khan apresentou um relatório preliminar de sua visita a Honduras, realizada a convite do governo, e disse que entregará o relatório final ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, em junho de 2024.

O Escritório do Alto Comissariado dos Direitos Humanos em Honduras “registrou 944 jornalistas e defensores dos direitos humanos vítimas de ataques entre janeiro de 2021 e setembro de 2023”, informou Irene, ressaltando que o país é conhecido como “um dos mais perigosos do mundo” para defensores dos direitos humanos e jornalistas.

Segundo a estatal Comissão Nacional dos Direitos Humanos (Conadeh), “desde 2002 foram registrados 96 casos de assassinato de jornalistas, mas apenas oito deles foram investigados”, disse Irene.

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