Renan Calheiros (MDB-AL), senador licenciado e relator da CPI da Covid, ficou insatisfeito com a atuação da Procuradoria Geral da República (PGR) que solicitou o arquivamento das apurações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (25). As informações são do site G1.

A PGR determinou o arquivamento de sete das dez apurações sobre o presidente Jair Bolsonaro, além de ministros e ex-ministros do governo, com base em conclusões da própria CPI. Renan Calheiros disse não estar surpreso, mas mostrou-se inconformado com a decisão.

“Depois de ilusionismos jurídicos por quase um ano, a PGR sugere engavetar as graves acusações contra Bolsonaro durante a pandemia. A blindagem, às vésperas da eleição, não surpreende ninguém”, disse.

Para o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, o arquivamento é desrespeitoso a todos aqueles que morreram durante a pandemia de Covid-19. No total, são mais de 677 mil brasileiros mortos pela doença.

“Sempre disse que a CPI não buscava vingança. Sei que o trabalho da comissão produziu resultados importantes. Garantimos vacinas nos braços dos brasileiros, lutamos pela vida e investigamos com muita seriedade absurdos cometidos pelo chefe do Executivo, ministros e assessores, num trabalho que se desenvolveu sob o olhar atento de milhões de cidadãos. A PGR precisa prestar satisfações à população. Esta decisão é uma vergonha para a instituição”, afirmou em nota.

O presidente Jair Bolsonaro é candidato à reeleição neste ano. A candidatura foi confirmada em um evento no último domingo (24), no Rio de Janeiro, com a presença do general Braga Netto, também alvo da CPI, que será o vice da chapa.

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