A cantora Anitta, assim como muitas pessoas, foi vítima de intolerância religiosa. Na manhã de segunda-feira, 13, ela compartilhou nas redes sociais alguns de seus momentos no candomblé, sua religião. Nas fotos publicadas, Anitta aparece ao lado do seu pai, conhecido como Painitto, e do seu irmão, Renan Machado.

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Alguns minutos depois, a famosa fez um post nos Stories do Instagram dizendo que perdeu 100 mil seguidores após anunciar clipe com fotos de sua religião.

“Perdi 100 mil seguidores depois de anunciar o clipe que vou mostrar minha religião. Laroyê Exu tirando dos meus caminhos tudo que já não me serve mais. Nessa minha nova fase escolhi qualidade e não quantidade. Axé”, escreveu a famosa.

Anitta compartilhou um álbum de fotos de sua vivência religiosa para anunciar o clipe de ‘Aceita’. A canção faz parte do novo disco Funk Generation.

Vale lembrar que no ano passado, Anitta recebeu uma chuva de críticas na web após postar uma foto com seu pai de santo. “Minha família não é obrigada a escutar xingamento por coisa que nem aconteceu, xingamento de intolerância religiosa. Minha família que é parte católica e parte evangélica. E foram lá no dia, porque sabiam que era importante para mim. Vai ser intolerante lá na ponte que partiu!”, disse na ocasião.

À IstoÉ Gente, o psicólogo Alexander Bez, que é especialista em saúde mental, falou sobre o caso de intolerância religiosa sofrido por Anitta.

“A intolerância religiosa, uma das manifestações do bullying, também é uma forma de preconceito presente no bullying. No entanto, todas as formas generalizadas de bullying são, essencialmente, manifestações de intolerância. O bullying é uma forma profunda e direcionada de agressão, frequentemente acompanhada de violência psicológica, mesmo que infundada e delirante, afetando milhares de vítimas”, começa o profissional.

Alexander Bez ainda afirma que a intolerância religiosa que Anitta foi vítima está relacionada à sua postura social e política: “No caso específico da cantora, questões de intolerância relacionadas à sua postura social, espiritual e política são adicionadas, contribuindo para uma raiva mais específica. Embora outros preconceitos possam estar presentes, o principal gatilho continua sendo o religioso, utilizado como provocação psicológica”.

“O sucesso social e econômico de uma pessoa pode gerar casos de raiva e ódio, levando-a a se tornar vítima de bullying, inclusive por sua postura religiosa”, finaliza.