SÃO PAULO, 28 MAI (ANSA) – A rejeição ao presidente da República, Jair Bolsonaro, bateu recorde e chegou a 43%, mostrou o Datafolha em pesquisa divulgada nesta quinta-feira (28). No entanto, há a confirmação de que a base de apoio ao mandatário continua fixa em 33%, conforme os levantamentos anteriores.

De acordo com o estudo, enquanto 43% consideram o governo ruim ou péssimo, e 33% bom ou ótimo, outros 22% informaram que analisam Bolsonaro de maneira regular e 2% disseram que não sabem. O pior desempenho tinha sido no mês passado, quando o presidente tinha 38% de rejeição.

A avaliação positiva do governo aumenta para 42% entre os que ganham 10 salários mínimos, para 56% entre empresários e 37% entre moradores do Centro-Oeste e Norte do país. Entre os que desaprovam, o índice aumenta para 56% entre quem tem ensino superior, para 65% entre estudantes e para 48% entre moradores do Nordeste.

O Datafolha ainda fez um recorte entre aqueles que assistiram o polêmico vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril: entre os 55% que disseram ter visto as imagens, 53% rejeitam o governo. Outro índice que ficou negativo e aumentou consideravelmente entre maio e abril foi o do comportamento do cargo. Para 37% dos entrevistados, contra 28% do mês passado, o presidente nunca se comporta de forma adequada. Outros 23% dizem que ele se comporta bem “em algumas situações”, 25% afirmam que ele se comporta bem na maioria das vezes e 13% dizem que se comporta sempre como deveria.

Segundo a pesquisa, esse é o pior índice de aprovação desde 1989, quando houve a redemocratização. Em uma comparação com outros presidentes no mesmo período, 18 meses de governo, Fernando Henrique Cardoso tinha 25% de desaprovação e 30% de aprovação; Luiz Inácio Lula da Silva tinha 17% de rejeição e 38% de aprovação; e Dilma Rousseff tinha 5% de desaprovação e 64% de avaliações positivas.

A pesquisa foi realizada nos dias 25 e 26 de maio, já após a divulgação do vídeo da reunião ministerial, com 2.069 pessoas e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (ANSA)

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