O primeiro-ministro conservador Rishi Sunak convocou, nesta quarta-feira, 22, eleições legislativas no Reino Unido para 4 de julho, nas quais a oposição trabalhista surge como favorita.

“Hoje falei com sua majestade, o rei, para pedir a dissolução do Parlamento. O rei aceitou este pedido e celebraremos eleições gerais em 4 de julho”, anunciou Sunak, debaixo de chuva, às portas de sua residência oficial em Downing Street.

A oposição trabalhista, liderada por Keir Starmer, é a grande favorita para vencer as eleições, com uma vantagem de vinte pontos em algumas pesquisas sobre os conservadores, que estão no poder há catorze anos.

As eleições deveriam ser programadas para antes do final de janeiro de 2025, mas Sunak tinha se limitado a dizer até agora que elas aconteceriam “na segunda metade” deste ano.

As pesquisas desastrosas para os conservadores aumentaram a pressão para que o chefe de governo convocasse os eleitores às urnas.

Boas notícias no nível econômico, incluindo o controle da inflação, e a implementação do plano de expulsão de migrantes irregulares para Ruanda, teriam convencido Sunak a convocar o pleito.

Após 14 anos dos conservadores no poder, marcados pelo referendo do Brexit e depois pela sucessão de cinco primeiros-ministros em oito anos, os britânicos parecem determinados a virar a página e enviar o trabalhista Keir Starmer, um ex-advogado de 61 anos, para o nº 10 de Downing Street.

As pesquisas dão aos trabalhistas, de centro-esquerda, cerca de 45% das intenções de voto, bem à frente dos conservadores, relegados para entre 20% e 25%, e do partido anti-imigração e anticlimático Reform UK (12%). Com um sistema simples de votação em cada um dos 650 distritos eleitorais do Reino Unido, tais números representariam uma maioria folgada para os trabalhistas.