O Reino Unido sediará este ano a primeira cúpula mundial sobre inteligência artificial (IA), em busca de uma abordagem comum para limitar os possíveis riscos da tecnologia sem perder seus benefícios, anunciou, nesta quarta-feira (7), o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

“Repetidas vezes ao longo da história, inventamos novas tecnologias que mudam paradigmas e as aproveitamos para o bem da humanidade. É o que devemos fazer novamente”, acrescentou em Washington, onde na quinta-feira se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca.

“A IA tem um potencial incrível para transformar nossas vidas para melhor. Mas devemos garantir que seja desenvolvida e usada de maneira segura”, afirmou o primeiro-ministro conservador de 43 anos.

A cúpula será realizada no próximo outono no hemisfério norte e reunirá “países com uma abordagem similar” para estabelecer as bases de uma regulamentação, explicou um porta-voz do premiê britânico.

Não se trata de impedir que países autoritários como China ou Rússia explorem a inteligência artificial, esclareceu.

O Reino Unido deseja ser a sede de um eventual regulador global de inteligência artificial, mas não está claro se há consenso com os Estados Unidos e a União Europeia, que já debateram sobre a conveniência de criar um código de conduta.

Rishi Sunak não perde a esperança.

“O Reino Unido está bem posicionado para desempenhar um papel de liderança. Fora dos Estados Unidos, somos provavelmente a nação líder em inteligência artificial entre os países democráticos. Temos a capacidade de alcançar uma regulamentação adequada para proteger nossos cidadãos”, declarou Sunak ao canal britânico TalkTV.

O primeiro-ministro britânico afirmou que Biden está ciente dos perigos e vantagens que essa tecnologia traz.

“Sim, falamos sobre inteligência artificial quando estivemos juntos no Japão (para a cúpula do G7) e sei que ele está plenamente consciente dos riscos e oportunidades que ela envolve”, revelou.

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