O governo britânico anunciou nesta sexta-feira (21) sanções contra cinco cidadãos russos acusados de envolvimento no envenenamento e na detenção do político da oposição Vladimir Kara-Murza, de nacionalidade britânica, condenado na segunda-feira em Moscou a 25 anos de prisão.

As sanções dizem respeito aos investigadores Denis Kolesnikov e Andrei Zadachin e à juíza russa Elena Lenskaya, “envolvidos na prisão de Vladimir Kara-Murza”, anunciou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

Dois agentes de segurança do FSB, Alexander Samofal e Konstantin Kudriavtsev, “ligados aos envenenamentos de 2015 e 2017” também foram sancionados.

Ambos os homens eram “membros da força-tarefa que seguiu Kara-Murza em várias viagens antes de ser envenenado em 2015, três meses após o assassinato de seu amigo, o opositor político Boris Nemtsov, e em 2017”, disse o comunicado.

Como resultado das sanções, os bens dos cinco russos no Reino Unido serão congelados e eles serão proibidos de viajar para o país.

Um tribunal de Moscou condenou Kara-Murza a 25 anos de prisão por “alta traição” e por espalhar “informações falsas” sobre os militares russos. Esta sentença é a mais longa para um opositor na história recente da Rússia.

“O Reino Unido continuará a apoiar Kara-Murza e sua família”, disse o ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, pedindo à Rússia “sua libertação imediata e incondicional”.

“O tratamento e a condenação da Rússia a Vladimir Kara-Murza demonstram mais uma vez seu profundo desprezo pelos direitos humanos básicos”, criticou o ministro.

O Reino Unido já havia sancionado Sergei Podoprigorov, o juiz que presidiu o julgamento de Vladimir Kara-Murza, e Dmitri Komnov, chefe do centro de detenção onde ele está detido.

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