Reino Unido exige que funcionários da Rússia se registrem ao chegar em solo britânico

As pessoas que trabalham para a Rússia no Reino Unido terão que se registrar em um sistema de monitoramento de “influências estrangeiras”, que deve entrar em funcionamento no início de julho, anunciou o ministro de Segurança britânico nesta terça-feira (1º).

Os funcionários que realizarem “uma atividade sob um acordo” com determinados órgãos russos terão que ser listados no Esquema de Registro de Influência Estrangeira (FIRS, na sigla em inglês), anunciou Dan Jarvis no Parlamento britânico.

A mesma medida foi anunciada no início de março para pessoas que trabalham para o Irã, que também entrará em vigor no início de julho, com penas de prisão para aqueles que tentarem burlá-la.

“Nos últimos anos, a Rússia tem adotado uma política cada vez mais hostil em relação ao Reino Unido, incluindo assédio a diplomatas, tentativas de minar a política por meio de interferência maliciosa e operações cibernéticas, e recrutamento de espiões para cometer incêndios criminosos e sabotagem em solo britânico”, reagiu o ministro das Relações Exteriores, David Lammy, em um comunicado.

O Reino Unido solicitará que as pessoas associadas a “todos os componentes do Estado russo, incluindo seu presidente, seu Parlamento, ministérios e agências, bem como serviços de inteligência”, se registrem caso estejam no Reino Unido.

Funcionários ligados às Forças Armadas, à polícia ou a representantes do Judiciário, bem como “vários partidos políticos, incluindo o ‘Rússia Unida’ do presidente Vladimir Putin”, também deverão cumprir esta obrigação.

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