O Reino Unido enviou pela primeira vez, na segunda-feira, um migrante para Ruanda, no âmbito de um programa voluntário para quem tiver o pedido de asilo negado, informaram meios de comunicação britânicos nesta terça-feira (30).
Na terça-feira passada, o Parlamento britânico aprovou uma lei que permite expulsar para Ruanda migrantes que chegaram de maneira irregular a seu território. O governo conservador do primeiro-ministro Rishi Sunak prevê iniciar as expulsões antes de julho.
No entanto, um homem aceitou ontem deixar o Reino Unido para ser expulso para Ruanda, depois que seu pedido de asilo foi rejeitado no fim do ano passado, informaram diversos meios de comunicação britânicos.
O homem, supostamente originário de um país africano, viajou em um voo comercial, indicaram as mesmas fontes.
Ele aceitou ser expulso para Ruanda e receber até 3.000 libras esterlinas (R$ 19.400 na cotação atual) em troca, indicaram fontes governamentais, citadas pelo jornal The Times.
Procurado pela AFP, o Ministério do Interior do Reino Unido não confirmou essas informações.
“A partir de agora estamos em condições de enviar solicitantes de asilo a Ruanda no âmbito de nossa associação para a migração e o desenvolvimento econômico”, declarou um porta-voz do governo.
“Este acordo permite que as pessoas sem status migratório no Reino Unido sejam realocadas em um terceiro país seguro, onde receberão ajuda para reconstruir suas vidas”, acrescentou essa fonte.
O governo britânico indicou hoje que espera expulsar para Ruanda “daqui até o fim do ano” um grupo identificado de 5.700 solicitantes de asilo, após a adoção de sua polêmica lei destinada a reduzir as chegadas de migrantes clandestinos pelo Canal da Mancha.
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