Reino Unido e Canadá são os primeiros países do G7 a reconhecerem Estado da Palestina

Austrália também anunciou reconhecimento da Palestina como país neste domingo, após o agravamento do conflito entre Israel e Gaza

Omar AL-QATTAA / AFP
Crianças palestinas observam destroços após ataque de Israel Foto: Omar AL-QATTAA / AFP

Os governos do Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal anunciaram neste domingo, 21, o reconhecimento formal da Palestina como um país independente e defenderam o cessar-fogo entre Gaza e Israel. Os dois primeiros são os primeiros países do G7 a reconhecerem o Estado da Palestina.

Com os anúncios, subiu para 147 o número de nações que reconhecem o Estado da Palestina, mas a decisão deve irritar Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu classificou como um “perigo” para a existência de Israel.

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Em nota nas redes sociais, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que o reconhecimento é uma tentativa de reviver a esperança de paz no conflito. Starmer já tinha prometido formalizar a medida durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas agilizou o processo após a intensificação dos ataques de Israel em Gaza.

“Hoje, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina para reviver a esperança de paz entre palestinos e israelenses, e uma solução de dois Estados”, afirmou.

Usando o mesmo discurso de Starmer, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse esperar a pacificação entre palestinos e israelenses. “O Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece sua colaboração para construir a promessa de um futuro pacífico, tanto para o Estado da Palestina como para o Estado de Israel”, disse Carney.

O governo australiano também formalizou o reconhecimento do estado palestino. “Ao fazê-lo, a Austrália reconhece as aspirações legítimas e antigas do povo palestino de ter um Estado próprio”, declarou o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.

Já Portugal se manifestou por meio do seu ministro das Relações Exteriores Paulo Rangel. “Portugal defende a solução de dois Estados como o único caminho para uma paz justa e duradoura, que promova a convivência e as relações pacíficas entre Israel e Palestina”, disse.

Outros países pretendem confirmar o reconhecimento formal do Estado da Palestina na segunda-feira (22), durante uma reunião de cúpula na ONU copresidida pela França e pela Arábia Saudita, que abordará o futuro da solução de dois Estados. O presidente Emmanuel Macron é um dos principais articuladores em prol da Palestina.