Os parlamentares do Reino Unido aprovaram legislação emergencial para permitir que mais pessoas se registrem para votar no plebiscito sobre se o país continuará ou não na União Europeia. A medida gerou descontentamento entre alguns dos partidários da saída do bloco, que dizem que isso favorece o lobby pela permanência na UE.

Inicialmente, o prazo para se registrar para votar seria a meia-noite da terça-feira. Esse prazo, porém, acabou por derrubar o site do governo e deixou alguns sem a possibilidade de acessar o sistema de registro.

O primeiro-ministro David Cameron, que lidera a campanha pela permanência na UE, disse que aquelas pessoas que querem devem ter a oportunidade de participar no plebiscito de 23 de junho. O governo apresentou legislação para ampliar o prazo até a meia-noite desta quinta-feira e essa lei já foi aprovada.

O governo afirmou que um número recorde, de 525 mil pessoas, se inscreveu para votar na terça-feira. Uma parcela significativa delas é de menores de 34 anos, grupo que segundo as pesquisas tende a defender a permanência na UE. Políticos de todo o espectro defenderam o prazo maior, mas um grupo que faz campanha pela saída da UE, o Leave.EU, afirmou que a medida era inconstitucional por alterar uma lei eleitoral durante o próprio período eleitoral e que buscará maneiras de contestar a decisão. Fonte: Dow Jones Newswires.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias