O governo britânico acusou o Estado chinês de realizar ataques cibernéticos contra parlamentares críticos de Pequim e contra a comissão eleitoral do Reino Unido, anunciando sanções e a convocação do embaixador chinês em Londres.

“Posso confirmar que os atores vinculados ao Estado chinês são responsáveis por dois ataques cibernéticos maliciosos contra as nossas instituições democráticas e os nossos parlamentares”, afirmou o vice-primeiro-ministro britânico, Oliver Dowden, em um discurso ao Parlamento.

A comissão eleitoral britânica anunciou em agosto, sem mencionar a China, que foi vítima de um ataque cibernético por parte de “atores hostis” que tiveram acesso ao seu sistema durante mais de um ano.

Segundo a imprensa britânica, os atores dos ciberataques conseguiram acessar servidores que continham cópias de censos eleitorais com dados de 40 milhões de eleitores.

Mas, segundo Dowden, essas tentativas “de interferir na democracia britânica não tiveram sucesso”.

Questionado nesta segunda-feira sobre as acusações britânicas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, disse que “provas objetivas” deveriam ser usadas em vez de “caluniar outros países sem uma base factual”.

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