LONDRES, 21 SET (ANSA) – A polícia britânica formalizou nesta terça-feira (21) acusações contra um terceiro cidadão russo que estaria envolvido na tentativa de assassinato do ex-espião Sergei Skripal e sua filha, Yulia, em Salisbury, em março de 2018.   

O indiciado se chama Denis Sergeev e seria uma espécie de “coordenador” do crime. Ele é um oficial da Inteligência Militar de Moscou (GRU) e já havia sido citado pela mídia britânica como um dos possíveis mandantes.   

Os investigadores apontam que ele chegou em Londres pouco antes do ataque, com um documento falso em que se apresentava como Sergei Fedotov, e ficou na capital britânica até o dia 5 de março – um dia após o atentado.   

Sergeev teria feito toda a parte de logística da Rússia enquanto os dois acusados de executar o crime, Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, já estavam em território britânico. Recentemente, os dois também reconheceram que usam identidades falsas e que se chamam, na verdade, Anatoli Cepiga e Alexander Mishkin, respectivamente.   

No entanto, os três sempre negaram qualquer tipo de envolvimento no crime. O governo britânico, inclusive, descarta que eles serão extraditados para responder pelo delito pelos russos.   

O caso ocorreu no dia 4 de março de 2018. Os Skripal foram hospitalizados em estado grave e foi constatado que eles haviam sido envenenados com uma substância química do grupo Novichock, criado e amplamente usado durante as décadas de 1970 e 1980 na União Soviética.   

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Além dos dois, que sobreviveram ao ataque, mais duas pessoas foram intoxicadas no mesmo dia. O policial Nick Bailey, que foi um dos primeiros que atenderam o chamado médico dos Skripal, ficou gravemente intoxicado, mas sobreviveu. No entanto, ele teve que se aposentar da função por conta das sequelas.   

Uma mulher, que ao lado do marido encontrou um frasco de perfume com a substância novichock em um parque de Salisbury, morreu. A polícia britânica diz que quase 40 pessoas foram intoxicadas em maior ou menor grau na ação. (ANSA).   


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