Se há 44 anos o Peru eliminou o Brasil da Copa América com uma seleção que era a base da equipe que foi à Copa do Mundo de 1970 e é considerada até hoje a melhor geração da história do futebol do país, agora o time comandado pelo técnico Ricardo Gareca avançou à decisão continental como uma grande zebra.

O Peru despachou os favoritos Uruguai e Chile no mata-mata e reencontrará uma seleção brasileira que lhe aplicou uma goleada de 5 a 0 na rodada final da fase de grupos, na Arena Corinthians, em São Paulo, onde o atacante Gabriel Jesus ainda desperdiçou um pênalti no finalzinho do confronto.

Questionados pela reportagem do Estado sobre o que esperam para a decisão deste domingo, no Maracanã, os ex-atacantes Roberto Dinamite e Reinaldo e o ex-zagueiro Piazza, que enfrentaram o Peru na Copa América de 1975, exaltaram o favoritismo brasileiro ao título.

“O Brasil só perde essa Copa América se perder para ele mesmo. Para mim, dá uma goleada no Peru. Uma seleção que toma uma sonora goleada de 5 a 0 fica mal depois se aparecer em uma foto de campeã”, disse Reinaldo, que também destacou que a seleção peruana de 1975 era “bem superior” à atual. “Aquele time tinha Cubillas, Chumpitáz, Meléndez… Tinha jogadores bom pra c…”, ressaltou, usando até um palavrão para elogiá-la.

Dinamite também confia que a seleção de Tite triunfará no domingo. “Neste jogo no Maracanã, eu acredito que o Brasil é o grande favorito. É um outro jogo e uma outra situação em relação aos 5 a 0 que o Peru levou na primeira fase, mas, mesmo assim, o Brasil é o favorito e tem tudo para conseguir uma vitória”, previu.

Piazza não descarta a possibilidade de uma surpresa no domingo, mas crê na conquista do título por parte do Brasil. “O futebol é bom porque dá ao time inferior tecnicamente a chance de vencer o superior, isso é muito difícil de acontecer no basquete, no vôlei…, mas no futebol você está sempre vendo zebras. Quase ninguém falava que o Peru iria para esta final, mas o Brasil está em uma boa posição para vencer e está buscando resgatar a confiança do torcedor, que ficou perdida principalmente depois do que aconteceu na última Copa do Mundo realizada aqui”, disse o ex-zagueiro, se referindo à goleada de 7 a 1 sofrida diante da Alemanha na semifinal de 2014.

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“Com todo o respeito ao futebol peruano, não estamos aqui para deixar fazer festa dos outros na nossa casa não. Já chega disso. Estou esperando por uma boa vitória do Brasil”, completou o ex-atleta.


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