O rei dos zulus, Goodwill Zwelithini, uma figura venerada mas também controversa na África do Sul, morreu nesta sexta-feira (12) aos 72 anos, depois de passar várias semanas hospitalizado por complicações relacionadas com a diabetes.

“É com grande dor que tenho que informar à nação o falecimento de Sua Majestade, o rei Goodwill Zwelithini (…) rei da nação zulu”, afirma um comunicado assinado por Mangosuthu Buthelezi, um influente político veterano e também um príncipe zulu.

“Tragicamente, quando estava hospitalizado, a saúde de Sua Majestade piorou e ele morreu na manhã desta sexta-feira”, completa o texto.

Este rei sem poder na África do Sul atual exercia, no entanto, uma grande influência sobre milhões de pessoas desta etnia, a mais importante do país, e tinha um papel espiritual.

Durante suas décadas de reinado, Zwelithini provocou vários escândalos, como quando propôs um festival de jovens virgens ou depois de chamar os migrantes africanos de “formigas” e ” piolhos”, o que aumentou os ataques xenófobos no país.

Recentemente, ele se mostrou favorável aos castigos físicos na escola e também afirmou que a homossexualidade “não era aceitável”.

Ele subiu ao trono com 23 anos, em 1971, durante o apartheid, após a morte de seu pai.

Na África do Sul, os reis tradicionais são reconhecidos pela Constituição e, em muitos casos, têm um papel simbólico influente.