O rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, decidiu reduzir o tempo de prisão do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, condenado por vários casos de corrupção, de oito para um ano, informou nesta sexta-feira (1º) o governo em comunicado.

O bilionário de 74 anos, internado em um hospital de Bangcoc desde 22 de agosto – ao retornar de um exílio autoimposto de 15 anos para escapar da Justiça no seu país -, apresentou um pedido de perdão real na quinta-feira (31).

“Foi o primeiro ministro que trabalhou pelo bem do país e do povo. É leal à instituição monárquica”, detalha o comunicado.

Shinawatra “é idoso e tem problemas de saúde que pedem tratamento hospitalar especializado. O rei reduziu sua pena de prisão para um ano, para que pudesse colocar seus conhecimentos e experiência a serviço do desenvolvimento do país”, especificou.

Thaksin Shinawatra deveria passar oito anos atrás das grades por três casos de corrupção e abuso de poder julgados na sua ausência, relacionados com a sua gestão do país e a sua antiga empresa Shin Corp.

Para escapar de um julgamento – que considerou ter motivação política -, ele escapou do país e retornou em 22 de agosto, aplaudido por centenas de apoiadores.

Primeiro-ministro de 2001 até o golpe de 2006, Thaksin Shinawatra é uma figura polêmica na Tailândia, há muito tempo dividida entre os seus apoiadores (“os vermelhos”) e os seus opositores pró-monarquia (“os amarelos”).

A volta ao poder do partido controlado por sua família, Pheu Thai, teria favorecido seu retorno ao país, segundo analistas.

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