Órgãos reguladores norte-americanos rejeitaram os planos entregues por cinco grandes bancos do país para o caso de uma possível falência, afirmando que eles precisam revisá-los significativamente até 1º de outubro, senão estarão sujeitos a sanções mais severas.

Os planos (living wills) J.P. Morgan Chase, Wells Fargo, Bank of America e Bank of New York Mellon foram considerados insuficientes por reguladores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e Federal Deposit Insurance (FDIC), dentro do escopo da lei Dodd-Frank, de 2010. A legislação pede que oito instituições “grandes demais para falir” criem planos confiáveis para passar por uma possível falência sem que seja necessário recorrer ao dinheiro dos contribuintes.

Caso esses bancos não apresentem planos aceitáveis até outubro, eles podem ser penalizados com maiores requerimentos de capital, restrições ao crescimento ou a determinadas atividades, entre outras possíveis sanções.

Os reguladores tiveram ainda reações mistas aos planos de Goldman Sachs e Morgan Stanley. No caso do primeiro, o plano não recebeu a aprovação do FDIC, mas obteve uma avaliação menos negativa do Fed. Já o segundo foi rejeitado pelo Fed, mas teve avaliação menos negativa por parte do FDIC.

O Citigroup foi o único banco cujo plano não foi rejeitado por ambas as agências, embora o Fed e o FDIC tenham deixado claro que ele precisará “trabalhar em questões menores” até julho de 2017.

Enquanto reguladores dizem impor regras que podem evitar um novo colapso do sistema financeiro, como aconteceu há oito anos atrás, críticos dizem que as normas mais duras podem estar minando a recuperação do setor ao desencorajar os empréstimos, prejudicar a liquidez e erodir a lucratividade dessas instituições.

John Dearie, líder do Financial Services Form, um grupo que representa todos os CEOs dos grandes bancos exceto o Wells Fargo, afirmou em comunicado publicado nesta quarta-feira que as preocupações dos reguladores eram “deficiências técnicas” que a indústria estava comprometida a enfrentar.

“Nenhuma instituição financeira deveria ser considerada grande demais para falir”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.