Os reguladores internacionais prorrogaram os prazos para finalizar as mudanças nas regras de capital para o setor bancário, conhecidas como Basileia III, em meio a intensa resistência por parte de representantes da Europa.

A mudança no prazo foi percebida em uma declaração dada no final de agosto por Mark Carney, que preside o Conselho de Estabilidade Financeira, um comitê criado na esteira da crise para reforçar a segurança do sistema financeiro global. Carney disse que as alterações nas regras, que devem afetar os balanços dos maiores bancos do mundo, seria concluído “no início de 2017”. Uma tendência diferente em relação às declarações de outros representantes do Conselho, de que tudo estaria pronto até o final de 2016.

Carney, que também é presidente do Banco da Inglaterra, se refere a novas diretrizes que serão estabelecidas por um organismo independente, o Comité de Basileia de Supervisão Bancária, que tenta resolver os problemas expostos pela crise financeira. As autoridades estão considerando novas regras que limitam a forma como os bancos calculam seus próprios riscos, obrigando-os a realizar estas perspectivas de acordo com as regras do órgão regulador.

No entanto, representantes europeus se opuseram ressaltam algumas preocupações sobre a maior necessidade de capital pelos bancos após as mudanças, deprimindo a rentabilidade do setor e minando a economia já fraca do continente.

As posição dos Estados Unidos é oposta, já que os representantes do Federal Reserve (o banco central do país) querem elevar as exigências de capital nos balanços do setor.

Em sua carta de 30 de agosto, Carney reiterou o compromisso de que as futuras alterações “não vão aumentar significativamente” a necessidade de capital dos bancos. Essa declaração foi dirigida aos líderes do G-20, grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, em reunião realizada esta semana.

Em seu comunicado emitido ontem (06), os líderes do G-20 disseram que ainda esperam a conclusão de Basileia III ainda para este ano, após duas prorrogações anteriores nos prazos. Fonte: Dow Jones Newswires.