ROMA, 25 OUT (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disse neste domingo (25) que a decisão de impor medidas mais rígidas para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) foi tomada para passar o Natal com mais “serenidade”.   

Durante entrevista coletiva no Palazzo Chigi, em Roma, o premiê explicou que as novas regras servem para evitar o fechamento de tudo no mês de dezembro, na época das festas de fim de ano.   

“Com este quadro de medidas estamos confiantes de que poderemos enfrentar o mês de dezembro de forma mais ampla. Gostaríamos de chegar ao Natal com uma disposição serena”, afirmou.   

Falando aos jornalistas após assinar o novo decreto, Conte disse esperar que as regras sejam suficientes, mas isso não indica que as pessoas poderão se abraçar e fazer festas durante as festas de fim de ano, mesmo com a chegada das primeiras doses da vacina anti-Covid, previstas para dezembro.   

“Mas o importante é chegar com calma”, enfatizou ele, acrescentando que “a Itália é um grande país” e já provou isso na primeira fase da pandemia. “Faremos agora também”.   

Conte ainda explicou que os últimos dados epidemiológicos analisados pelo governo não podem deixá-lo indiferente, porque indica “um rápido crescimento com a consequência de que o estresse no sistema de saúde nacional atingiu níveis preocupantes”.   

“Devemos fazer todo o possível para proteger a saúde e a economia. Daí a necessidades de medidas mais restritivas, que entrarão em vigor até 24 de novembro”, disse.   

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, a Itália registrou 151 mortes causadas pela Covid-19, o maior número para um só dia desde 21 de maio. Além disso, o país bateu o recorde de número diário de contágios pelo quarto dia consecutivo, com 19.644 casos em um período de 24 horas.   

“Os dados que estamos analisando indicam que a pandemia corre de forma uniforme e crítica em toda a Itália. Daí a intervenção do governo para redefinir o quadro de medidas restritivas”, completou Conte, acrescentando que já nos próximos dias as regiões poderão impor regras mais severas. (ANSA)