Campeão olímpico com a seleção brasileira de vôlei nos Jogos do Rio-2016, Maurício Souza decidiu concorrer ao cargo de deputado federal pelo PL de Minas Gerais. Com o registro da candidatura, o jogador precisou apresentar as certidões criminais para pleitear o cargo. Com isso, um processo criminal envolvendo o jogador tornou-se de conhecimento público. As informações foram publicadas inicialmente pelo colunista Demétrio Vecchioli, do UOL.


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Maurício precisa pedir uma autorização judicial toda vez que quiser se ausentar de Arinos, no interior de Minas Gerais, pelo período superior a 15 dias. O motivo é a prisão do jogador por porte ilegal de arma em novembro do ano passado. Dessa forma, o juiz Gustavo Obata Trevisan impôs como condição o aviso de ausência do jogador para que Souza fosse colocado em liberdade. Além disso, o ex-seleção brasileira precisou pagar uma fiança de R$ 1,1 mil.

Conforme descrito no boletim de ocorrência do caso, Maurício foi abordado por policiais em sua caminhonete na rodovia MG 202 em 24 de novembro de 2021, dois dias após um encontro do jogador com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ao averiguar o carro do jogador, os agentes encontraram uma cartela de munições calibre 32 em compartimento na porta do motorista, além de uma pistola Taurus calibre 7.65 em divisão de carga do veículo.

Como os policiais entenderam que a arma estava ao alcance do jogador, Mauricio foi enquadrado no crime de porte e não de posse da arma. Ainda de acordo com o documento, o campeão olímpico não tinha documentação do revólver e, por isso, foi detido. “Diante dos fatos, Maurício foi preso em flagrante e conduzido a esta delegacia”, detalha o BO.

O que disse o jogador?

Já na delegacia, Maurício explicou que a arma foi adquirida por R$ 6,5 mil de um homem, o qual o jogador disse não saber o nome e nem o contato dele. Souza usou como justificativa a compra do revólver as ameaças que estava sofrendo por publicação homofóbica em seu perfil em rede social.

“Estava sofrendo ameaça diariamente e a gente fica sem chão, para defender a nossa família. Para defender minha família faço o que for preciso”, disse o jogador ao UOL.

Além de ser obrigado a pedir permissão para se ausentar por mais de 15 dias da comarca, Maurício ainda precisa comparecer bimestralmente em juízo para informar e justificar atividades.

Candidatura

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Maurício vai concorrer ao cargo na Câmara dos Deputados pela mesma legenda do atual mandatário, além de integrar grupo pró-armas, com nomes como o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).