Regina Duarte ocupou o cargo de secretária de Cultura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020. Fiel seguidora do político, a atriz precisou deixar a Globo após 50 anos na emissora para aceitar o convite. Quatro anos depois dessa experiência, a artista diz, em entrevista a Folha de S. Paulo, que “hoje não aceitaria” a proposta, mas deixa claro que não se arrepende da decisão.

“Estou leve e tenho certeza que foi uma experiência importantíssima, mas não repetiria. Foram 74 dias suficientes para me mostrar que não era nem é a minha praia. Absolutamente. Na verdade, tenho pena de quem frequenta essa praia. Não é fácil. Então, estou fora e feliz. Aprendi muito”, diz.

“Sempre tomei e tomo as minhas decisões. Sou muito aventureira e isso desde criança e todas as oportunidades na minha vida, encaro como um aprendizado e como uma experiência enriquecedora. Deu certo, vai me enriquecer em algum lugar e se deu errado também. Arrependimento? Não repetiria. Hoje, não aceitaria”, completa Regina, que ainda garante que continua sendo seguidora e admiradora do ex-presidente.

Após encerrar o contrato com a Globo, há rumores de que Duarte teria se tornado uma figura mal-vista pela classe artística. Longe da televisão, a atriz diz, na sequência, que não guarda ressentimentos da emissora.

“Fui bem feliz lá, muitas oportunidades, tive muita sorte também porque naquela época tinham outras grandes atrizes na minha faixa etária e eles acreditaram em mim. Foi uma relação de mão dupla e só tenho gratidão”, afirma.

Por fim, descarta voltar às novelas e diz estar gostando do tempo livre. “É um trabalho muito exaustivo e estou tão feliz sem poder ter que decorar textos e mais textos. Para quem faz os papéis principais são calhamaços e calhamaços de textos… Quem sabe uma pontinha, uma aparição ou uma participação bem pequena?”, finaliza.