O regime militar que tomou o poder no Níger em 26 de julho ordenou, nesta sexta-feira (25), ao embaixador da França que deixe o país africano em 48 horas, anunciou a chancelaria.

Devido à “recusa do embaixador (…) em responder a um convite” do ministério “para um entrevista” e a “outras ações do governo francês contrárias ao interesse do Níger”, as autoridades “decidiram retirar suas credenciais” e “pedir que saia do território nigerino em 48 horas”, explica o comunicado da chancelaria nigerina.

O Ministério das Relações Exteriores da França respondeu que “os golpistas não têm autoridade para fazer esse pedido” e que “a permissão do embaixador depende apenas das autoridades do Níger eleitas legitimamente”.

As declarações e manifestações antifrancesas se multiplicaram no país desde a deposição do presidente Mohamed Bazoum, eleito democraticamente.

O novo regime acusa a ex-potência colonial de preparar uma intervenção militar para devolver o poder a Bazoum e de manipular a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), que intensifica a pressão sobre Niamei.

A entidade impôs ao Níger duras sanções econômicas e financeiras e ameaça recorrer à força para restabelecer a ordem constitucional.

Cerca de 1.500 militares franceses estão mobilizados no país para combater grupos jihadistas que há anos operam na região do Sahel.

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