ROMA, 5 AGO (ANSA) – O governador da região de Lazio, na Itália, Nicola Zingaretti, informou que os serviços digitais para o agendamento da vacinação da Covid-19 voltaram a funcionar normalmente nesta quinta-feira (5). O setor havia sido alvo de um ataque hacker no último domingo (1º) e, desde então, não era possível fazer a reserva de horários na maior região da Itália, onde a capital Roma está localizada.   

“Depois dos trabalhos destes dias, agora estamos aptos para apresentar um primeiro cronograma dos serviços que estamos reativando. A partir dessa tarde, o sistema de reservas vacinais estará acessível no site. Também voltará a funcionar o registro de vacinação”, diz ainda a nota.   

Ainda na nota oficial, Zingaretti informou que a partir da próxima segunda-feira (9), será colocado no ar um portal regional temporário com as informações importantes aos cidadãos e também com alguns serviços administrativos; até o dia 13 voltará a funcionar o serviço de e-mails; no fim de agosto, todos os dados públicos, como orçamentos e gastos, voltarão a ser acessíveis.   

O governador destacou que nenhum dado armazenado – seja da pandemia de Covid-19 ou de outros setores importantes – foi destruído e tudo está sendo restaurado no novo sistema.   

Já o assessor regional da Saúde, Alessio D’Amato, disse que, mesmo com os problemas do ataque hacker, “o serviço já registrou cerca de oito milhões de reservas entre primeira e segunda dose, e há os consequentes 7,1 milhões de registros da vacinação regional”.   

“A máquina de vacinação do Lazio retoma assim, a pleno regime, a meta de vacinar 80% da população em breve”, pontuou ainda.   

Atualmente, a região é a mais avançada na campanha de imunização, com mais de 70% dos cidadãos com mais de 18 anos totalmente imunizados.   

As informações disponíveis até o momento apontam que os hackers teriam conseguido se infiltrar por meio do sistema através de um login de administrador de rede, ativando um mecanismo que criptografa todos os dados. Além disso, a ação teria sido através de um ransomware, com os criminosos cobrando uma alta quantia financeira para liberar os arquivos criptografados.   

A ação cibernética está sendo investigada pela Polícia Postal da Itália e conta com a ajuda de investigadores do FBI e da Europol. (ANSA).