A Serra da Barriga, em Alagoas, foi declarada neste sábado, 11, como Patrimônio Cultural do Mercosul. Durante os séculos XVI e XVII, a região sediou a chamada “República Livre dos Palmares”, que recebeu cerca de 30 mil pessoas fugidas da escravatura durante os séculos XVI e XVII.

O local é o primeiro representante exclusivamente brasileiro da lista, que traz, dentre outros, a Ponte Internacional de Barão de Mauá (que liga os municípios de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, e Rio Branco, no Uruguai) e o Itinerário Cultural das Missões Jesuítas Guaranis, Moxos e Chiquitos, com construções jesuíticas do Brasil, da Argentina, da Bolívia, do Uruguai e do Paraguai.

Anunciada em maio, a cerimônia de certificação ocorreu no próprio Parque Memorial Quilombo dos Palmares, fundado em 2007 no município de União dos Palmares, a cerca de 80 quilômetros de Maceió. O local traz instalações em referência ao antigo quilombo, como uma casa de farinha e um terreiro de ervas. A Serra da Barriga é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1985.

Durante o evento, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, declarou o interesse em impulsionar a região como um polo cultural, que deve começar a receber, a partir de 2018, visitas guiadas organizadas pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura.