As reformas estruturais em andamento colocam o Brasil em uma situação macroeconômica que o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, diz “nunca ter visto em sua carreira”. Apesar disso, ele diz que “nem tudo são rosas” quando questionado, em teleconferência, sobre as desavenças políticas e falas polêmicas do presidente Jair Bolsonaro.

“As reformas têm ocorrido apesar das turbulências. É uma realidade. As reformas têm avançado”, disse Bracher. O presidente do Itaú disse que a reforma da Previdência será aprovada na Câmara e no Senado até o fim de setembro. Ele cobrou, contudo, mais medidas que simplifiquem a economia, para torná-la menos burocrática, e que contribuam para o País melhorar a produtividade. “A questão tributária é um grande empecilho para o desenvolvimento do País. É o que faz o Brasil ter classificação tão ruim no ranking de melhores economias de se fazer negócios”, disse Bracher.

Nesse sentido, ele afirmou ver com bons olhos a “discussão séria” em torno da reforma tributária. Bracher, no entanto, afirmou que “não é fã” do imposto sobre transações financeiras pensado nos moldes da CPMF pela equipe econômica do governo. “Acho que é um imposto regressivo.” Na sua visão, esse imposto, estimula a informalidade à medida que as pessoas se esforçam para evitar transações financeiras para não serem taxadas. “É o imposto do atraso.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.