O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que as reformas constituem um pilar básico para que o governo possa dar uma resposta à “altura e contento” a choques exógenos, eventos externos e desafios internos da economia brasileira. As declarações foram dadas nesta quarta-feira, 11, durante entrevista coletiva em que o governo apresentou as novas projeções para indicadores macroeconômicos.

Ele disse que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Secretaria de Política Econômica (SPE) em 2019 era de 1,12%, em linha com o resultado oficial divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1,12%.

Na avaliação dele, a criação de vagas no mercado de trabalho e a expansão do crédito livre mostram que o setor privado “é o grande drive”, tem se fortalecido e assumiu a dinâmica do crescimento da economia.

“O ministro Paulo Guedes tem colocado sempre que a busca da transformação do Estado se dá por medidas estruturais que permitam protagonismo ao setor privado”, disse ele.

Waldery afirmou ainda que a projeção para o crescimento do PIB em 2020 foi reduzida para 2,1%, em linha com as projeções do mercado, de 1,99%, segundo a última pesquisa Focus. “Estaremos atentos a novos movimentos. Atenção, zelo e cuidado são nossa linha mestra de trabalho”, disse.

Sobre os impactos do coronavírus na economia, Waldery afirmou que o cenário central do governo é de uma redução de 0,3 pontos porcentuais. Segundo ele, essa projeção converge com a recalibragem feita pelo governo para o PIB de 2020, de 2,4% para 2,1%, mas ressaltou que a conta não tem “exatamente essa precisão”. O cenário pessimista é de redução de 0,5 pp, e no cenário otimista, a queda seria de 0,1 pp.

Em relação às projeções para inflação, tanto pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 3,12% para 2020, quanto pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 3,28%, Waldery disse que as expectativas estão ancoradas e caminham na mesma direção. O IPCA considera renda de até 40 salários mínimos, enquanto o INPC é de até cinco salários mínimos.