A nova Copa Davis pode ter sucesso mesmo sem a presença de lendas como Federer, Nadal ou Djokovic, já que mira a formação de uma nova geração de estrelas, indicou na semana passada à AFP Kelly Fairweather, chefe de operações da Federação Internacional de Tênis (ITF).

“É uma das coisas que queremos fazer”, disse Fairweather sobre a necessidade de olhar para as novas gerações, dando vida ao esporte para além do trio que dominou a modalidade nos últimos 15 anos.

“Sabemos que a Croácia joga a final deste ano e (Marin) Cilic e (Borna) Coric estão muito animados. (Alexander) Zverev é outro peso pesado e depois de suas conversas com Piqué em Xangai acho que está um pouco mais aberto”, destacou.

Mas o zagueiro do Barcelona, Gerard Piqué, presidente da sociedade Kosmos, uma das impulsoras do novo formato da tradicional competição, mostrou-se otimista com a participação de Nadal, Federer e Djokovic.

Nadal estará em Madri em novembro de 2019 para este novo torneio, caso as lesões não o tirem de competição. Mas é justamente no final da temporada que o espanhol fica fisicamente mais vulnerável.

Quanto a Djokovic, o sérvio estaria disposto a jogar na nova Copa Davis caso não haja conflito de datas com a World Team Cup que a ATP planeja lançar em janeiro de 2020. Sobre Federer, Piqué insistiu que está “de portas abertas”, mas o suíço está mais arredio a jogar o torneio devido ao seu especial cuidado para programar o calendário.

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– Coletivo mais importante –

“Não é preciso mais do que olhar para a Copa do Mundo deste ano. A Itália não se classificou, mas não foi o fim do mundo. O torneio seguiu adiante”, explicou Fairweather.

“Se você tem 18 times e as melhores nações jogando, ainda pode ser um sucesso. Estamos convencidos de que o coletivo é mais importante que o individual”, acrescentou.

O novo formato prevê a realização de rodadas classificatórias em fevereiro, das quais sairão 12 equipes que participarão da fase final ao lado dos quatros semifinalistas deste ano e das convidadas Inglaterra e Argentina.

A fase final será disputada entre os dias 18 e 24 de novembro, na Caja Mágica de Madri, uma época em que os jogadores costumam descansar.

“Existem conversas a respeito do calendário, mas para esta ocasião estamos comprometidos com novembro”, disse Fairweather, acrescentando que “o bom é que os tenistas sabem quando e onde vão jogar. É muito melhor para seus planejamentos”.

No entanto, muitos poderiam priorizar uma eventual Team World Cup da ATP no início da temporada, no lugar do novo formato da histórica Copa Davis, com 118 anos de existência.

As esperanças se concentram em que ITF e ATP entrem em acordo para evitar que os dois torneios concorram entre si.

“Manteremos os canais abertos”, garantiu Fairweather, insistindo que “se existir vontade se encontrará um caminho, mas precisamos de compromisso de ambas as partes”.

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