O deslocamento de policiais na Catalunha para enfrentar o desafio separatista custou 87 milhões de euros, revelou nesta quinta-feira (18) o governo da Espanha, que defendeu sua atuação durante o referendo de autodeterminação inconstitucional de 1º de outubro, que deixou imagens de violência policial.

“A presença desses efetivos deslocados à Catalunha teve um custo aproximado de 87 milhões de euros”, disse o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido, ao Senado.

A operação teve uma média de 4.500 agentes procedentes de outras regiões, que chegaram a ser 6.000 o dia do referendo, disse Zoido, em referência aos reforços da Polícia Nacional e a Guarda Civil, finalmente retirados da Catalunha no final de dezembro.

Essas forças de segurança, geralmente com um papel menor na região, se viram obrigadas a intervir em 1º de outubro diante da “passividade” e “limitada eficácia” dos Mossos d’Esquadra, o corpo de segurança catalão, afirmou o ministro.

Sua tarefa era apreender o material eleitoral de um “referendo que havia sido suspenso judicialmente e declarado ilegal”, e não “teve como alvo os eleitores nem os cidadãos”, afirmou.

Pelo menos 92 pessoas ficaram feridas e mais de mil foram atendidas por serviços de emergência.

“A atuação foi legítima, foi profissional e foi proporcional”, insistiu Zoido.