Um dos reféns usados como escudo humano por uma quadrilha que atacou três agências bancárias em Araçatuba, no interior de São Paulo, disse ter temido pela própria vida, e que foi abordado pelos criminosos quando voltava de moto de uma festa. As informações são do UOL.

A testemunha, que não teve seu nome revelado por motivos de segurança, relatou ao UOL que passava por uma rua próxima ao centro da cidade quando um bandido armado com um fuzil fez com que ele descesse da moto e colocasse as mãos na cabeça.

“De repente, um homem me puxou da moto e mandou eu parar. Pensei que era uma blitz policial, mas depois vi que se tratavam de assaltantes”, disse o refém.

Ele e pelo menos mais dez pessoas ficaram sob o poder de assaltantes por cerca de duas horas. Segundo ele, entre eles havia ao menos três mulheres.

“As mulheres foram tratadas com um pouco de respeito, mas com os homens eles eram bastante agressivos”, relata a vítima. “Quando viram algum morador olhando pela janela do prédio, eles atiravam contra eles e na direção das vitrines de vidro das lojas para nos assustar e vermos que eles não estavam ali para brincar”, disse.

Depois que os criminosos explodiram três agências bancárias, eles usaram os reféns como escudos humanos para fugir do local.

“Eles mandaram a gente ligar para a polícia para avisar que estávamos como escudo, para eles não fazerem nada porque iriam nos matar. Foram momentos de pânico, a única coisa que eu pensava é que iria morrer”, disse a vítima.

Alguns dos reféns foram obrigados se pendurar nos capôs e tetos dos carros da quadrilha enquanto eles estavam em fuga, para evitar que a polícia atirasse nos veículos.

Quatro vítimas foram hospitalizadas e ao menos uma deles está internada em estado grave após ter levado três tiros, no rosto, braço e abdômen.

Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, a quadrilha se beneficiou se informação privilegiada para executar a ação.