O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, disse que a redução na estimativa de crescimento da economia brasileira em 2017 não eleva a necessidade de aumento de impostos. “Não, porque o Orçamento vai depender da projeção de receita”, disse.

Em agosto, quando apresentou o Orçamento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou que a elevação na estimativa do crescimento em 2017 (de 1,2% para 1,6%) traria receitas adicionais. Esse incremento na arrecadação seria parte do “esforço adicional” feito pelo governo para evitar a saída via impostos para equilibrar as contas.

Nesta segunda, o secretário de Política Econômica anunciou uma revisão na projeção do PIB de 1,6% para 1,0%, mas não deu detalhes sobre o impacto na arrecadação. “Temos que esperar um monte de outros fatores, são efeitos de outros parâmetros da grade sobre a receita, e, sobretudo, o efeito da receita sobre o PIB”, afirmou. “Pode ser que a projeção de receitas seja até maior do que a anterior”, acrescentou.

Segundo Kanczuk, a projeção de 1,0% é a “melhor projeção” que poderia ser feita pela equipe econômica no contexto atual. “Não diria que é otimista nem pessimista. Os riscos são simétricos para ambos os lados.”


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