ROMA, 9 JUL (ANSA) – A Red Bull Racing provocou um terremoto na Fórmula 1 ao anunciar nesta quarta-feira (9), com “efeito imediato”, a demissão de Christian Horner dos cargos de chefe de equipe e CEO de um dos times mais vitoriosos da história da categoria.
O britânico de 51 anos estava na RBR desde sua fundação, em 2005, e liderou a escuderia em oito títulos de pilotos (quatro com Sebastian Vettel e quatro com Max Verstappen) e seis de construtores, mas não resistiu à pressão pelos maus resultados em 2025 e pelo risco de perder o holandês tetracampeão do mundo.
“Após 20 anos, Christian Horner deixa a Red Bull Racing como chefe de equipe e CEO. Agradecemos a ele por seu trabalho incansável e excepcional. Ele foi fundamental para transformar esta equipe em uma das mais bem-sucedidas da F1. Obrigado por tudo, Christian, você sempre será uma parte importante de nossa história”, diz um comunicado divulgado nas redes sociais.
Horner já vinha balançando no comando da Red Bull desde o início do ano passado, quando foi acusado por uma funcionária de assédio sexual e comportamento coercitivo. Ainda que o caso não tenha avançado, o britânico se tornou alvo de questionamentos por parte da ala austríaca da empresa e do entorno de Verstappen, porém conseguiu se manter no cargo graças ao apoio dos tailandeses que criaram a bebida e detêm 51% das ações.
No entanto a queda de desempenho em 2025 – a Red Bull é quarta no campeonato, e Verstappen é o terceiro, porém longe da briga pelo título – e a fuga de funcionários de alto escalão para outros times, sobretudo Adrian Newey, projetista mais vencedor da história da F1 e que foi para a Aston Martin, tornaram a pressão insustentável.
Horner será substituído por Laurent Mekies, ex-Ferrari e atual chefe de equipe da Racing Bulls, escuderia satélite do grupo e que passa a ser comandada por Alan Permane.
A mudança no comando do time austríaco chega em meio aos rumores sobre uma possível ida de Verstappen para a Mercedes e seria uma forma de tentar segurar o principal piloto do grid na atualidade. Já o futuro de Horner é incerto, embora boatos já o tenham colocado como possível substituto de Frédéric Vasseur como chefe de equipe da Ferrari. (ANSA).