A transição capilar às vezes pode ser demorada e, por isso, muitas pessoas que têm cabelos crespos e cacheados optam por colocar tranças no cabelo. Esse foi o caso de Karina Carla, de 35 anos, que voltou de férias em abril com o novo visual. Apesar de estar feliz com a mudança, a clínica médica em que ela trabalhava em Belo Horizonte (MG) não teve a mesma aceitação do novo penteado.

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No processo divulgado na última sexta-feira (20) pelo Tribunal Regional do Trabalho, quando Karina chegou ao local com as tranças, a ex-chefe tirou uma foto e enviou para uma consultora de imagem que trabalha para a empresa. Depois disso, a recepcionista foi orientada a retirar as tranças, pois eram muito “informais” para a clínica. Karina negou, e seis dias depois foi mandada embora.

O processo em cima da clínica médica por danos morais pede indenização de R$ 30 mil. A empresa entrou com recurso, e Karina também. Em entrevista ao UOL, ela disse que foi difícil manter a decisão de não tirar as tranças, mas ela conseguiu. “A trança, além de me ajudar na transição capilar, faz parte da minha identidade e cultura”, disse ela, que é negra. O lugar onde ela trabalhava nega que esse tenha sido o motivo da demissão, e que o que causou o desligamento da recepcionista foi a queda no movimento.