A Líbia acumulou, no ano passado, 14 bilhões de dólares em receitas petroleiras, cerca de três vezes mais que em 2016, apesar da insegurança e de uma crise política persistentes, segundo um comunicado do Banco Central Líbio (BCL).
O montante ainda está longe dos 50 bilhões de dólares arrecadados pela Líbia com a venda de petróleo antes da queda do regime de Muamar Kadafi em 2011, uma época em que os preços da commodity eram bem mais elevados que atualmente.
A Líbia produzia, então, 1,6 milhão de barris por dia (mbd).
Em 2017, a produção alcançou mais de 1 mbd, permitindo reduzir à metade o déficit orçamentário (a 7,7 bilhões de dólares) após um déficit recordes em 2016, comemorou o banco.
O petróleo representa cerca de 90% das receitas da Líbia, que conta com as maiores reservas do continente africano.
O BCL tem sua sede em Trípoli e é leal ao Governo de União Nacional, apoiado pela comunidade internacional.
Apesar do BCL gerir todos os ingressos petroleiros e distribuí-los no país, existe contudo outro banco central com administração própria, que depende de um governo paralelo e do Parlamento com sede no leste do país.
A retomada da produção e das exportações petroleiras na Líbia é fundamental para reativar a economia estagnada e tranquilizar a população, que sofre com a instabilidade política e a insegurança desde 2011.
O país continua a enfrentar uma escassez de liquidez, bem como uma queda sem precedentes do valor de sua moeda.