Rebelião em presídio de Manaus tem ao menos 60 mortos após 17 horas de conflito

Pelo menos 60 presidiários morreram em sangrento confronto de facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, entre a tarde de domingo, 1, e a manhã desta segunda-feira, 2, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas. Houve esquartejamentos e decapitações, informa a Polícia Militar.

Durante a rebelião, dez agentes carcerários foram feitos reféns, mas posteriormente liberados. Os detentos do regime fechado haviam tomado a área dos presos no semi-aberto, após abrirem uma passagem. Outros presos também foram feitos de reféns. Alguns dos liberados saíram feridos do complexo. A situação foi controlada por volta das 9 horas.

Segundo o secretário de Segurança, Sérgio Fontes, a carnificina se deu por conta de um confronto interno entre as facções Família do Norte e Primeiro Comando da Capital (PCC). Paralelamente à rebelião, pelo menos 20 detentos fugiram de outra penitenciária na capital amazonense, o Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também na tarde desse domingo. Oito destes já foram recuperados.

Epitácio Almeida, presidente da Comissão de defesa dos Direitos Humanos da OAB-AM, coordenou as negociações com os presos e trabalhou na libertação dos reféns, que foram soltos na manhã desta segunda. De acordo com ele, este é um dos piores massacres em presídio que já houve no País.

Complexo Penitenciário Anísio Jobim COMPAJ, em Manaus

Complexo Penitenciário Anísio Jobim COMPAJ, em Manaus