Os rebeldes huthis do Iêmen desistiram de impor uma taxa sobre as operações de ajuda humanitária no país em guerra, uma das maiores do mundo, declarou nesta sexta-feira uma autoridade da ONU.
O governo do Iêmen, refugiado no sul do país e reconhecido pela comunidade internacional, denunciou a taxa após relatos de que os Estados Unidos planejavam suprimir parte de sua ajuda devido à pressão dos rebeldes huthis, incluindo um projeto de “taxa” de 2% sobre a assistência.
Aas ajudas são essenciais para o país devastado por cinco anos de guerra.
Nesta sexta-feira, uma autoridade da ONU em Sanaa, que pediu anonimato, declarou que os huthis haviam mudado de ideia “durante uma reunião em 12 de fevereiro” e decidiram “cancelar (a taxa de) 2%”.
Os rebeldes controlam a capital Sanaa desde 2014 e grande parte do norte do país.
Segundo várias organizações humanitárias, a guerra no Iêmen causou dezenas de milhares de mortes, principalmente civis. Cerca de 24,1 milhões de pessoas precisam de assistência (mais de dois terços da população), segundo a ONU.
A questão dos obstáculos à ajuda foi discutida em uma reunião de doadores que começou na quinta-feira em Bruxelas, mas seus resultados ainda não foram divulgados.