Os rebeldes houthis do Iêmen assumiram, nesta terça-feira (12), a responsabilidade pelo disparo de um míssil lançado no dia anterior contra um petroleiro de bandeira norueguesa no mar Vermelho, e afirmaram que agiram em solidariedade com os palestinos de Gaza.

“Unidades navais das forças armadas iemenitas atacaram um petroleiro norueguês, o ‘Strinda’, que transportava combustível para Israel”, afirmou um porta-voz militar dos houthis, Yahya Sari.

O Exército dos Estados Unidos revelou na segunda-feira que um míssil disparado de áreas controladas pelos houthis atingiu um petroleiro na costa do Iêmen, sem causar vítimas. O incidente foi confirmado pelo armador norueguês J. Ludwig Mowinckels Rederi.

Os houthis ameaçaram atacar qualquer navio no mar Vermelho com destino a Israel se o povo da Faixa de Gaza não recebesse ajuda de emergência.

O “Strinda” foi atacado por um “míssil naval”, acrescentou o porta-voz, sublinhando que “nos últimos dois dias, as Forças Armadas iemenitas conseguiram impedir a passagem de vários navios” com destino a Israel.

Ao contrário de outros navios, o petroleiro norueguês foi atacado por não ter respondido aos “avisos das Forças Armadas iemenitas”, disse ele.

O armador norueguês J. Ludwig Mowinckels Rederi indicou que o incêndio provocado pelo disparo não deixou feridos entre os tripulantes, todos de nacionalidade indiana, que conseguiram apagar o fogo.

“O navio, que se dirigia da Malásia para Itália com matérias-primas para biocombustíveis, dirige-se agora para um porto seguro”, afirmou em um comunicado.

O Hamas, membro do chamado “eixo de resistência” contra Israel, juntamente com o Hezbollah libanês e os houthis do Iêmen, saudou a decisão “corajosa e ousada” dos rebeldes iemenitas.

Israel e o movimento islamista palestino Hamas estão imersos em uma guerra sangrenta em Gaza, que começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos, segundo dados israelenses, e 240 reféns.

Israel respondeu com uma ofensiva militar que destruiu grande parte do pequeno território palestino e matou mais de 18.200 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

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