Rebel Wilson abriu o coração ao relembrar um episódio de assédio sexual em um set de gravação. Em conversa com a Revista People, a atriz, que estrela a capa de junho, falou que um colega de elenco mostrou as genitais para ela.

“Ele me chamou para uma sala e abaixou as calças”, disse ela, explicando que, na frente de seus amigos, ele pediu a ela para realizar um ato lascivo. “Foi horrível e nojento. E todo o comportamento depois”, lamentou.

De acordo com Rebel, o ato aconteceu antes do movimento #MeToo, em que atrizes se uniram para denunciar a onda de assédios sexuais que assombrava Hollywood. “Eles meio que tentaram me destruir e destruir a minha carreira. Se isso tivesse acontecido depois do #MeToo, eu poderia ter acabado com eles”, disse.

Aos 42 anos de idade, Rebel – além de atriz – é formada em direito pela University of New South Wales. “Como sou advogada, documentei. Liguei para meu representante. Tenho algumas coisas por escrito sobre o que aconteceu. Definitivamente, entre os círculos da indústria, me certifiquei de que as pessoas soubessem o que aconteceu”, explicou.

Apesar de depois ter denunciado o colega de elenco, Rebel ficou ali diante do homem com sua postura profissional. “Por que fiquei naquela situação com aquele cara horrível? Deveria ter saído. Não valeu a pena. Mas, ao mesmo tempo, fiquei tipo, ‘Bem, faça a coisa certa, seja profissional e termine o filme.’ Agora, nunca faria isso. Achei que até reclamar com a minha agência era um grande passo. E reclamar com o estúdio. Descobri que era a quarta pessoa a reclamar do cara com esse comportamento grosseiro, mas muitas foi muito pior com algumas mulheres. Se isso acontecesse de novo, provavelmente me defenderia ainda mais só por causa da bravura das outras mulheres que se levantaram e agora me deram uma oportunidade”, pontuou.

Para Rebel, é importante trazer nos filmes nestes novos tempos um pouco da positividade do corpo à transformação de sua saúde, como em Senior Year, seu mais novo trabalho para a Netflix.

“Quero ter temas fortes de poder feminino e empoderamento feminino nos filmes que faço. Quero entreter as pessoas e quero que as pessoas saiam com algo positivo. Fizemos isso com amor, e filmamos em Atlanta e há tantos rostos novos no filme de quem estou muito orgulhosa como produtora. Como a ‘mãe’ do filme de certa forma, estou muito, muito orgulhoso deles e de todo o trabalho duro que todos fizeram”.