Barcelona e Real Madrid vão seguir adiante com o projeto da Superliga depois de mostrarem a sua satisfação com a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) proferida nesta quinta-feira (21), que consideram apoiar a possibilidade de prosseguir com o mesmo.

“O futebol europeu de clubes não é e nunca mais será um monopólio”, afirmou o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, num comunicado institucional, no qual garantiu também que “a partir de hoje os clubes serão os donos do seu destino”.

“Os clubes veem plenamente reconhecido o seu direito de propor e promover competições europeias que modernizem o nosso esporte e atraiam torcedores de todo o mundo”, acrescentou o presidente do Real Madrid.

O TJUE considerou nesta quinta-feira que as regras da Uefa relativas à autorização de outros torneios como a Superliga Europeia eram contrárias ao direito da concorrência.

A justiça europeia especifica, no entanto, que isso não significa que o projeto da Superliga “deva necessariamente ser autorizado”, sublinhando que se pronuncia de forma geral sobre as regras da Fifa e da Uefa, e não sobre esse “projeto específico”.

“A decisão abre caminho para uma nova competição de futebol de nível máximo na Europa, ao manifestar-se contra a figura do monopólio no mundo do futebol”, disse o Barcelona em um comunicado.

“Temos o dever e a responsabilidade de dar ao futebol europeu o novo impulso de que tanto precisa”, insistiu Florentino Pérez.

“E para isso continuaremos a defender um projeto moderno, totalmente compatível com as competições nacionais, aberto a todos, baseado no mérito desportivo e que imporá efetivamente o respeito pelo fair play financeiro”, acrescentou o presidente ‘merengue’.

O aspecto econômico é um dos principais argumentos destes dois clubes, os últimos sobreviventes dos doze times que lançaram inicialmente a ideia em abril de 2021.

O novo projeto “trará sustentabilidade econômica a todos os clubes”, disse Florentino Pérez, enquanto que para o seu homólogo do Barça, Joan Laporta, “chegou a hora dos clubes (…) terem maior controle sobre o seu destino, maior controle sobre o seu futuro e um maior controle sobre a sua própria sustentabilidade”.

“Estamos no início de um novo tempo em que podemos trabalhar livremente através de um diálogo construtivo, sem ameaças, sem agir contra nada nem contra ninguém e com o objetivo de inovar e modernizar o futebol”, disse Pérez.

Da mesma forma, Laporta também fez um apelo por “um diálogo aberto e construtivo com o objetivo de gerar sinergias entre todas as partes”.

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