Ré em ação por improbidade é nomeada Subsecretária da Mulher no DF

Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é jornalista graduado na FACHA, no Rio, e pós-graduado em Ciências Políticas pela UnB. Iniciou carreira em 1996 em MG. Foi colunista do Informe JB, da Gazeta Mercantil, dos portais iG e UOL. Apresentou programas na REDEVIDA de Televisão e foi comentarista da Rede Mais/Record Minas. De Brasília, assina a Coluna Esplanada em jornais de capitais e é colunista do portal da Isto É.

Ré em ação por improbidade é nomeada Subsecretária da Mulher no DF

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Atualização terça (14), 13h05

A Coluna teve a informação na tarde desta terça-feira de que o GDF exonerou hoje a subsecretária. Oficialmente o governo alega que os feminicídios cresceram na capital e Entorno – foram seis casos em dois meses. Mas Milena Câmara tomou posse há apenas 11 dias. O GDF informa que a equipe nova está em montagem.

Filha do deputado federal e pastor Silas Câmara (Republicanos-AM) e da eleita Antônia Lúcia (Republicanos-AC) , a jovem advogada Milena Câmara tem costas quentes em Brasília. Apesar de perder a eleição para distrital – obteve apenas 6 mil votos – foi nomeada semana passada Subsecretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher do GDF na ausência do governador Ibaneis Rocha do cargo.

Milena é ré em ação de improbidade administrativa movida pelo MPF na Justiça Federal no Acre (nº 1000971-28.2017.4.01.3000), que está prestes a ter uma decisão judicial. A mãe, deputada, é acusada de ter pagado um funcionário da rádio administrada pela filha no Estado com dinheiro da Câmara dos Deputados.

A assessoria da Subsecretaria não viu impedimentos para a nomeação, por não haver trânsito em julgado, e Milena, questionada pela Coluna, avisou que não sabia do processo que tramita desde 2017. Mas consta nos autos que já apresentou há meses sua defesa ao juiz da 2ª Vara Federal de Rio Branco.

De acordo com a Subsecretaria, “os critérios técnicos para a nomeação de Milena Câmara foram, além da sua graduação em Direito, a sua trajetória no combate à violência de gênero”.