Anitta preocupou o público na última semana, após ser internada e cancelar seu show na ‘Farofa da Gkay’, por complicações no pulmão e no pâncreas, como exposto por ela. Contudo, embora a artista não tenha revelado seu diagnóstico, uma fonte declarou ao Portal IstoÉ que a cantora passaria por um rastreamento oncológico, a fim de investigar um possível câncer. Mas afinal, o que é isso?

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Luiz Henrique Araújo, diretor regional de oncologia da Dasa, no Rio de Janeiro, distingue o rastreamento da prevenção do câncer. Conforme o médico, a segunda prática trata-se da atenção ao estilo de vida, a fim de evitar o surgimento de quaisquer tipos da doença. Para isso, é necessário manter uma dieta balanceada — rica em alimentos naturais — e praticar esportes e exercícios físicos, além de evitar hábitos como tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

“Já o rastreamento é para conseguir atingir o diagnóstico precoce do câncer. (…) É a prevenção secundária, ou seja, caso venha a ter algum tipo, que você seja diagnosticada precocemente — em estágios um ou dois, quando a curabilidade geralmente é muito alta, acima de 90%”, explica o especialista.

Ainda conforme Luiz Henrique, existem várias recomendações de Sociedades médicas como Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre outros órgãos públicos ou sociedades privadas, para o rastreamento do câncer, que variam conforme o local da doença, idade e histórico familiar.

Por não ter acesso ao diagnóstico de Anitta, Luiz prefere não comentar o caso. No entanto, lista alguns dos principais métodos de rastreamento de câncer feminino, que podem ser realizados por qualquer mulher, conforme a encaminhamento médico individual; veja:

  • Câncer de mama: “Geralmente o rastreamento desse tipo de câncer é feito com mamografia anual, principalmente a partir dos 50 anos. (…) Isso tem que ser individualizado e pode ser conversado com o médico ginecologista ou mastologista, de acordo com o risco familiar, pois em alguns casos você tem que começar mais cedo esse rastreamento”;
  • Câncer de cólon: “Para esse, temos a colonoscopia, recomendada a partir dos 50 anos por várias Sociedades, entretanto, essa faixa etária está diminuindo para a partir dos 45 anos. Para quem tem exames normais, a colonoscopia é repetida a cada 5 anos. Na verdade, o grande objetivo do exame é encontrar pólipos ainda benignos ou potencialmente malignos e, dessa forma, evitar o surgimento de um câncer, de fato”;
  • Câncer de pulmão: “Também já existe rastreamento — a tomografia de tórax anual de baixa dose, feita dos 55 aos 75 ou 80 anos, de acordo com a Sociedade, anualmente para pacientes fumantes ou ex-fumantes”;
  • Câncer de colo de útero: “Temos a vacina HPV para meninos e meninas na infância, para evitar o surgimento do câncer de colo de útero. No entanto, ainda assim, é recomendado que as mulheres façam acompanhamento regular com o ginecologista e o exame de papanicolau regular também”.

A Dasa, que desde 2020 tem uma unidade especializada de assistência à oncologia, destaca a estimativa do câncer como a maior causa de morte no Brasil, a partir de 2027, ultrapassando as doenças cardiovasculares. Por isso, a rede encoraja a atenção com a saúde integral, a fim de prevenir essa e outras condições adversas.