O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), criticou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, formulada para destravar o auxílio emergencial. Para ele, a medida engana o mercado financeiro, ao lançar o ajuste fiscal para um cenário longínquo do atual governo, e os pobres, por autorizar um valor menor para o benefício na comparação com o ano passado.

“Há dois grupos que estão sendo enganados: os ricos do mercado e os pobres que recebem auxílio emergencial”, afirmou Randolfe no plenário.

De acordo com ele, a aprovação foi um “suspiro” para evitar a demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes, após a troca no comando da Petrobras por intervenção do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Conforme o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) revelou, os gatilhos de contenção de gastos previstos na PEC fariam o governo adotar o ajuste apenas em 2025.

“O que está sendo aprovado aqui são gatilhos para 2025, depois da bomba fiscal – eu espero que o governo Bolsonaro seja superado – que vai ser destinada e deixada para o próximo governo”, afirmou o líder.

A oposição tentou retirar o limite de R$ 44 bilhões para o auxílio neste ano, mas foi derrotada.

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“Os outros enganados são os pobres, que sonham que, para dar conta da cesta básica, do gás de cozinha, que está de R$ 100 a R$ 105, precisariam de R$ 600 de auxílio, e vão, no máximo, receber R$ 200, R$ 250, com milhões deles que receberam, em 2020, sendo excluídos na parcela de agora”, discursou Randolfe.


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