Ramon Diaz não é mais técnico do Corinthians. Na tarde desta quinta-feira, 17, a diretoria do clube anunciou a demissão do treinador e de sua comissão técnica, incluindo seu filho Emiliano Díaz. A decisão foi tomada após reunião entre os cartolas corintianos e a comissão do treinador argentino.
A demissão era esperada. O presidente Augusto Melo vinha sendo pressionado internamente e por grande parte da torcida para que o treinador fosse demitido, muito por conta do desempenho da equipe nas últimas semanas. Após a derrota para o Fluminense na Neo Química Arena, por 2 a 0, na noite de quarta, 16, a situação acabou ficando insustentável.
A pressão aumentou ainda mais após a entrevista do grande astro do clube Memphis Depay, depois da derrota para o clube carioca. Na zona mista, o holandês teceu críticas as atuações da equipe e falou que tem “dúvidas se o trabalho está progredindo”.
Apesar do título conquistado no Campeonato Paulista, o primeiro troféu do clube após 6 anos de jejum, o Corinthians não vinha apresentando evolução tática e estagnou. Desde o título em cima do Palmeiras, os comandados de Ramón Diaz venceram apenas um jogo em seis partidas disputadas.
Após a demissão, a diretoria ainda anunciou o substituto. Entretanto, o nome de Dorival Júnior é o mais sondado no momento nos bastidores.
Trajetória de Ramón Díaz
Ramón Díaz chegou ao Corinthians em julho de 2024. Na época, o Alvinegro Paulista estava na zona de rebaixamento e corria sérios riscos de ser rebaixado.
Com a ajuda de diversos reforços que chegaram após a contratação do treinador, como o goleiro Hugo Souza, o meia Carrilo e os atacantes Talles Magno e Memphis Depay, o Corinthians arrancou no Brasileirão e escapou da degola, chegando até a zona de classificação para a Pré-Libertadores. Além disso, disputou as semifinais da Copa do Brasil e Sul-Americana, ficando pelo caminho em ambas nesta fase.
Ao todo, Ramón Diaz comandou o Corinthians em 60 jogos, com 32 vitórias, 16 empates e 12 derrotas. A equipe comandada pelo argentino marcou 102 gols nesse período, mas sofreu 67, ou seja, média de mais de um gol sofrido por jogo. O fraco desempenho defensivo era justamente uma das principais insatisfações do torcedor.
