Rafa Kalimann, 31 anos, se pronunciou após ser acusada de cometer intolerância religiosa durante um desfile em comemoração ao Dia Nacional do Samba no último final de semana. A influenciadora digital é musa da Imperatriz Leopoldinense, escola de samba do Rio de Janeiro.

No carnaval de 2025, o enredo da escola de samba será Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón. Ela foi acusada de não cantar trechos do samba-enredo que mencionam Exu, orixá de religiões de matriz africana.

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Em entrevista ao site Hugo Gloss, a influenciadora disse que as críticas vem de uma “distorção intencional”.

“É possível me ver cantando o samba-enredo completo em muitos outros vídeos que eu e a escolas compartilhamos, mas infelizmente acabou sendo replicado de maneira distorcida e intencional. Mais uma vez, sou alvo de ofensas e suposições feitas a partir de um pequeno trecho, um recorte que não mostra quem eu sou”, explicou.

Ela ainda falou sobre ser cristã, afirmando que a sua fé a ensina a importância de coexistir com outras religiões.

“É uma honra poder desfilar na Imperatriz Leopoldinense e, junto a ela, contar a saga de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô, uma jornada linda que ensina valores profundos como humildade, resiliência, perdão e respeito mútuo. Eu canto o samba enredo inteiro da minha escola a plenos pulmões porque minha arte está a serviço de todas as histórias, sobretudo as que precisam ser contadas e que não são as minhas.”

Rafa Kalimann ressaltou que fica muito triste com os discursos de ódio direcionados a ela, mas que nada a impedirá de desfilar pela escola.