Um homem negro, de 32 anos, em situação de rua, teve os pés e mãos amarrados com uma corda por policiais militares na madrugada de segunda-feira, 5, na Vila Mariana, no centro-sul de São Paulo. Ele foi detido por ser suspeito de furtar chocolates em um supermercado.

O que aconteceu:

  • Um vídeo, divulgado pelo padre Júlio Lancelotti, mostra o momento em que os militares seguraram o homem pela camisa e o levaram dependurado para o interior de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em seguida, os agentes o jogaram em uma maca;
  • As imagens rapidamente se espalharam pelas redes sociais e causaram indignação nos internautas;
  • Além deles, alguns políticos repudiaram o caso. “Na maior cidade da América Latina, à vista de tanta gente, vemos essa barbárie! Uma abordagem policial desumana contra uma pessoa em situação de rua, uma violação grave dos direitos humanos. Acionei a Corregedoria para apurar esse absurdo. Que todos os envolvidos sejam punidos!”, escreveu no Twitter a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP);
  • “Inaceitável! O governador Tarcísio deve explicações sobre o comportamento desumano da PM com esse rapaz e os policiais envolvidos nessa tortura precisam ser punidos!”, afirmou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOl-SP);
  • “Assustadoras as imagens de um homem negro amarrado por policiais militares em uma UPA em São Paulo. Tortura explícita numa instituição pública de saúde. Não é mais possível um País que trata negros e pobres desse forma. Que os policiais sejam rigorosamente responsabilizados”, comentou a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ);
  • “INADMISSÍVEL! Um homem negro é amarrado pelas mãos e pelos pés e carregado, como se fosse uma presa, por marginais fardados. É o racismo institucionalizado, é a barbárie promovida pelas mãos do Estado. Exigiremos identificação e punição exemplar à Polícia Militar”, afirmou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP);
  • “Não quero reproduzir as imagens terríveis em q um homem negro amarrado pelos pés e mãos é içado pelas costas por policiais. O racismo institucional não falha nunca, mata o povo negro todos os dias. Quando não mata na ponta do fuzil, mata sua dignidade na humilhante desumanização”, escreveu a deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ);
  • A Polícia Militar informou que os agentes envolvidos no caso foram afastados de suas funções e um inquérito já foi aberto para apurar a conduta dos agentes de segurança.
Reprodução/Twitter

Reprodução/Twitter

Reprodução/Twitter

Reprodução/Twitter

Reprodução/Twitter