O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse nesta quarta-feira, 8, que a reforma tributária também está na agenda do governo, mas não fez menção à proposta do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) que tramita na Câmara dos Deputados.

“Realmente a nossa carga tributária é muito mal distribuída. Há muitos setores subtributados no Brasil, se comparados com outros lugares no mundo”, afirmou, em audiência pública na comissão especial da reoneração da folha de pagamento. “Não gostaria de falar que o nosso sistema tributário é um dos piores do mundo, mas é um dos mais complexos. Precisamos buscar a simplificação”, completou.

Segundo ele, porém, mudanças na cobrança do PIS/Cofins e no Imposto de Renda, por exemplo, não precisariam de uma reforma mais ampla, podendo ser realizadas por meio de projetos de lei. “Trabalhamos em uma proposta para o PIS/Cofins, mas (para ser enviada) isso também depende de um ambiente propício no Congresso”, afirmou Rachid.

Ele voltou a alegar que a reforma tributária é um processo, e não um acontecimento único. “Não vamos resolver todos os problemas da economia de uma vez. Mas podemos fazer muitas mudanças por lei ordinária”, repetiu.