O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou torcer para que o próximo papa seja igual a Francisco, morto depois de 12 anos à frente da igreja católica.
“Francisco foi o líder religioso mais importante do primeiro quarto desse século. Ele era mais do que um papa, se preocupava com as guerras, a fome e as questões que afligem o povo no mundo inteiro. Quisera Deus que o próximo papa seja igual a ele, com os mesmos compromissos religiosos e de combate à desigualdade“, afirmou o petista neste sábado, 26, após participar do cortejo fúnebre do pontífice.
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Acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, de uma comitiva de ministros e dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Supremo Tribunal, Luís Roberto Barroso, Lula acrescentou que o “Brasil tinha um apreço muito grande” pela atuação de Francisco.
A despedida do pontífice reuniu boa parte dos líderes mundiais no Vaticano, em lista que incluiu os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, além de cerca de 250 mil fiéis.
Na entrevista, Lula foi questionado sobre a conversa entre Trump e Zelensky pouco antes do funeral. “Eu não sei o que eles conversaram, eu não posso intuir a conversa. Veja, eu acho que o que é importante é que se converse para ver se encontram uma saída para essa guerra, que essa guerra está ficando sem explicação”, afirmou.
“Ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz. E o Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução, não só para Ucrânia e para a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”, analisou o presidente brasileiro.