Uma quinta mulher acusou na segunda-feira o candidato republicano ao Senado Roy Moore de tê-la assediado sexualmente quando era adolescente, como já fizeram outras quatro supostas vítimas.

Moore, ex-juiz do Alabama e evangélico ultraconservador, nega as acusações e sua campanha atribui as denúncias a uma “caça às bruxas”.

Em entrevista coletiva em Nova York, a empresária Beverly Young Nelson acusou Moore de tê-la assediado sexualmente em 1978, quando era uma garçonete de 16 anos e ele tinha o dobro da idade, atuando como promotor distrital.

Nelson, atualmente com 55 anos, revelou que Moore tentou forçá-la a fazer sexo quando lhe deu uma carona ao final de seu turno no restaurante, frequentado pelo então promotor.

Moore teria estacionado o carro na parte de trás do restaurante e trancado a porta, antes de agarrar Nelson pelo pescoço e tentar obrigá-la a fazer sexo oral, revelou a mulher ao lado da advogada Gloria Allred.

“Fiquei aterrorizada. Também tentou tirar minha blusa. Pensei que iria me violentar. Lutei e pedi que ele parasse”, revelou Nelson, acrescentando que Moore, hoje com 70 anos, finalmente desistiu.

“Posso dizer, sem dúvidas, que isto é absolutamente falso”, disse Moore em uma rápida entrevista coletiva, ao lado de sua esposa.

“Nunca fiz o que ela disse. Não conheço a mulher. Não sei nada sobre ela. Não sei onde fica ou ficava o restaurante”.

Outras quatro mulheres disseram ao The Washington Post que Moore tentou seduzi-las quando tinham 18 anos ou menos.

A pressão é crescente no Partido Republicano para que Moore desista de concorrer ao Senado, a um mês das eleições no estado conservador do Alabama, onde os republicanos são geralmente favoritos.

O presidente Donald Trump avaliou na sexta-feira que se as denúncias forem comprovadas, Moore deverá abandonar sua candidatura, em meio à apertada disputa com o democrata Doug Jones.