Patrick Levy tinha 5 anos quando entrou para o mundo artístico. Começou fazendo comerciais, participou do programa TV Fofão, na Bandeirantes, e atuou em novelas como Éramos Seis (1994), As Pupilas do Senhor Reitor (1994) e Sangue do Meu Sangue (1995).

Como você parou no mundo do crime?

Tive o primeiro contato com drogas na adolescência, na escola. Comecei com a maconha e fui para a cocaína. Acabava tendo que traficar para conseguir dinheiro para comprar, porque não tinha coragem de pedir para o meu pai.

Você já teve contato com o mundo artístico antes da prisão?

Sim, meu pai era o Felipe Levy (ator e diretor, participou dos programas “Os Trapalhões” e “Bronco”, com Ronald Golias, e de filmes de Amácio Mazzaropi. Morreu em 2008). Desde os 5 anos, eu era garoto-propaganda e fiz isso até os 12 anos, quando participei da TV Fofão, da Bandeirantes, com o saudoso Orival Pessini. A partir daí, fiz diversas novelas, algumas peças de teatro e, infelizmente, fui parar no tráfico de drogas.

E como foi reencontrar o teatro na prisão?

Quando eu saio da cela e venho para cá, me desligo totalmente do lugar que estou e procuro entrar no personagem. Isso passou a ser automático. Aqui, já consegui terminar o ensino fundamental. Quero ter a chance de mostrar que sou uma pessoa diferente. E pretendo voltar a fazer o que fazia antes de parar aqui. Inclusive, peço desculpas para a sociedade. Quando sair daqui, pretendo atuar… fazer o que eu amo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.